17 de maio de 2009

Parque da Redenção...Gracias!!!



A minha maior felicidade, foi quando pela primeira vez, meu pai e minha mãe me levaram para passear de bonde, e nós passamos a tarde no Parque da Redenção.
A beleza das Árvores, dos Gramados, dos Bosques, Recantos, o Vulcão, o Buda, as Fontes, todos os Anjos, Carrancas, Demônios,Gárgulas, um universo de fantasia e mágia, um mundo de Alice.
Alice me acompanhou por todos os trajetos, trilhas e o lago parecia um espelho de cristal, meu pai me levou de bicicleta alugada, lá mesmo, para passear no zoológico e aí as coisas já não eram mais nos livros...eu estava vivendo ao vivo e a cores todas aquelas imagens e criaturas,um sonho, um sonho que a cada segundo se tornava mais intenso, agora lá estavam os macacos e seus filhotes tão humanos, iguais a mim até na cor do cabelo, que susto saber que eles eram meus primos, meu pai deveria ter me preparado melhor para estas descobertas Darwinianas.
Um pouco Alice e um pouco Xita foi assim que me senti ao chegar em casa e tentar contar tudo para minha avó, enquanto ela tomava uma taça de vinho e ia preparando o jantar, tudo com muito amor, com seus olhos azuis como os das bonecas da Estrela.
Azuis, todos meus sonhos de infância, possuem um céu azul, de uma luminosidade inocente e docilidade de uma horta de alfaces, rúculas, abóboras e melancias.
Um poema de cores e lembranças de minha avó, macacos e flores de maracujá.
Só mesmo no azul do amor posso rever minha infancia com tanto carinho. UCA

Um comentário :

  1. Oi Eliane.
    Belo e sensível texto de memórias. Sei o que você quer dizer quando fala de sonhos azuis. Também eu tenho a impressão, hoje, de que na infância todos os dias eram azuis e ensolarados - até mesmo os de chuva.
    Dizem que a paixão é vermelha, mas o amor seguramente é azul. Da cor do céu.
    Um beijo rubro-azulado.

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